FUNCIONALISMO
Governo diz que não dá nada e servidores protestam pelo país nesta
quarta (25)
Atos e paralisações nos estados
acontecem após o Planejamento deixar claro que Dilma não atenderá nenhum ponto
das reivindicações; na Câmara, PCS volta à pauta
Trabalhadores dos
serviços públicos federais fazem, nesta quarta-feira (25), novas manifestações
da campanha salarial da categoria, que busca construir as condições para
derrubar a política de salários congelados e de redução de direitos aplicada
pelo governo Dilma Rousseff. Estão previstas paralisações de 24 horas em alguns
segmentos dos serviços públicos, dentre eles os técnicos administrativos das
universidades federais e os servidores do Ministério da Cultura.
Haverá atos
conjuntos em diversas capitais do país. Servidores do Judiciário Federal e do
MPU devem participar dos protestos e, em Brasília, pressionar novamente a
Comissão de Finanças e Tributação da Câmara para que vote o projeto que revisa o
PCS (PL 6613/2009). Será a terceira vez consecutiva que o projeto entrará em
pauta, mas a tendência é que o governo siga obstruindo a pauta.
Negociações não
avançam
A movimentação do
funcionalismo será a primeira manifestação nacional da categoria após o
resultado da reunião de negociação com o governo em março, na qual o secretário
de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, deixou
explícito que o governo não apresentará contraproposta para a pauta de
reivindicações salariais e manterá a política de reajuste
zero.
“A reunião [de março] com Sérgio Mendonça foi a pior reunião, nem os [aumentos nos valores dos] benefícios o governo quer discutir. O governo não tem nenhuma proposta objetiva orçamentária, a proposta é de reajuste zero em 2012 e em 2013”, diz Júlio Tavares, dirigente sindical e integrante da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular).
Nesta quarta-feira
(24), em nova negociação no Planejamento, Mendonça disse, logo após chegar com
duas horas de atraso, que não via mais sentido em continuar marcando as reuniões
já que tudo que já havia respondido tudo que poderia responder, de acordo com
reportagem divulgada pelo Andes-SN, sindicato nacional dos docentes. O
secretário de Relações do Trabalho não deixou dúvidas quanto à posição do
governo de não ceder em nada nas negociações, seja em termos de reajuste
salarial, suspensão de tramitação de projetos que atacam a categoria ou de
aumento de benefícios.
Contra as
privatizações
Nos protestos desta quarta, além da reposição salarial emergencial linear de 22% e a fixação da data-base em maio, os trabalhadores vão contestar as privatizações no setor, que estão ocorrendo por meio de organizações sociais ou da empresa hospitalar recém-criada (a EBSERH, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). Também vão levar para as ruas a defesa da Previdência pública e, o direito à aposentadoria e a paridade entre servidores ativos e aposentados.
As manifestações
estão sendo convocadas pelo Fórum Nacional dos Servidores, que reúne 28
entidades nacionais da categoria e mais as centrais sindicais CSP-Conlutas, CTB
e CUT. Os protestos sinalizam para o governo que haverá resistência conjunta do
funcionalismo à política de salários congelados e de redução de direitos.
Por Hélcio Duarte
Filho
Luta Fenajufe Notícias
Terça-feira, 24 de
abril de 2012
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